1 ano de RU na Unesp Bauru: que pensam os estudantes? (parte 2)

Reservas reguladas, gastos com transporte,catracas com identificação, lista para conseguir as sobras: para o estudante diurno e integral do campus da Unesp Bauru, extrema dificuldade;para os noturnos, esquecimento (Foto: Ninjoco) 
Entre os dias 18 e 22 de janeiro procurei usar a lista das sobras (formalmente denominadas remanescentes) já que não havia reservado refeições. Dos cinco dias da semana, somente na segunda obtive a farta e deliciosa refeição, com tentativas frustradas na terça e quarta. Faltou aquele pique sobrehumano - digno de um trabalhador que pra não gastar com transporte vai a firma caminhando por uma hora - para listar as refeições da quinta e sexta.
Só estando na porta do RU antes do horário de abertura pra garantir a refeição todos os dias, torcendo para estar dentro dos 20, quem sabe 15 primeiros da lista, e pagar uma soma de R$3 em patacas ou tartarugas marinhas. O regulamento ao menos não impede de por o nome na lista aqueles que não fizeram o cadastro para reserva. Com os dados repassados basta esperar por 40 dias e assim o estudante retira seu cartão magnético na seção de graduação. Enquanto isso (ou se não aparecer nenhum cartão de qualquer jeito) um documento com foto faz o mesmo papel.
Fato já dito: é uma relação controversa com o RU, que envolve catracas, austeridade administrativa e terceirização.

Voltemos a apurar o dia 13 de janeiro.


É conveniente comer no RU?

Como tinha dado de cara com as portas fechadas do RU no dia do transformador queimado, tratei de comer no restaurante da FEB, também chamado de Nutricom. Após gastar mais ou menos R$8 em um punhadinho de arroz e feijão combinados com uma folhinha de alface, duas rodelas de tomate e um filezinho de peixe. Peguei respostas diretas de Rodrigo Xavier, do 1º ano do curso de Meteorologia:
- Conveniente e econômico, sem dúvida.
É de fato desgastante gastar dinheiro com uma viagem de ônibus da Transurb (ainda R$3,50) e ter que dar de cara com a porta pra somar o gasto de uma refeição à R$22 o quilo; infelizmente o gasto total que seria ao menos R$6,50 acabou em cerca de R$11. Isso em um dia da semana.
Anteriormente me dizia a Maithê:
- Por R$3 a gente tem toda uma alimentação completa com suco e sobremesa. Quando a gente tem que ficar na faculdade pras aulas da tarde não compensa gastar com ônibus pra ir a algum lugar ou voltar pra casa, então acho bastante viável.
Enxerga-se que o RU nos moldes em que funciona é uma realidade proveitosa tanto no custo quanto no tempo ganho para os que vão ao campus de manhã, bastando emendar o almoço, ou quem for ter aula à tarde. A cultura estudantil das filas de carona faz com que não haja vantagem por causa do alto custo do transporte.
Alguns dias depois, pela rede social, utilizei das mesmas perguntas com Jhony Borges, do 3º ano de jornalismo diurno e vi que há quem tenha o pique - sim, aquele - de usar de grande esforço para almoçar:
- Como estudo no período diurno, quase sempre estou no campus quando almoço no RU. Eventualmente, vou ao campus só para almoçar no RU, mas, quando isto acontece, faço o trajeto de casa até à Unesp a pé ou de carona. Portanto, não tenho gastos para me deslocar até o RU.

João Vitor Campos dos Reis (Ninja) foi coordenador de assitência ao estudante (2011-2014) nas chapas 'Reativa' e 'Reforma' do Diretório Acadêmico di Cavalcanti (DADiCa).


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