17/02/2008 - JC Cultura
Baladas, festinhas, bares e saraus animam madrugadas
Tudo bem que os universitários vieram para Bauru para estudar, mas ninguém é de ferro. Sempre sobra uma noite ou outra durante a semana para ir às festas. Durante a semana? É isso mesmo: a maioria das festas acontece de quarta à sexta porque sábado e domingo é dia para voltar para a casa dos pais.

Para se divertir, os universitários criam um circuito próprio. Geralmente, as festas acontecem em repúblicas e com bandas formadas por alunos. Até os saraus são voltados para os jovens estudantes. A intenção não é excluir as outras pessoas de seu convívio, mas, acima de tudo, fazer novos amigos e criar laços com os próprios universitários.

“Temos pouco dinheiro, então vamos em festas que custam barato. Os bares e outras baladas da cidade geralmente são mais caros. Se tem que pagar R$ 3,00 para entrar, eu vou, mas se custar R$ 15,00, por exemplo, não é sempre que dá para ir”, explica o estudante de artes cênicas da Universidade do Sagrado Coração (USC) Thiago Arruda, 20 anos.

Assim, as festas universitárias são organizadas por eles próprios e com um público seleto. A maioria nem é divulgada pelas ruas da cidade. Os cartazes - muito criativos, por sinal - são afixados nos câmpus e nas repúblicas conhecidas pela galera.

As bandas conhecidas no circuito universitário são muitas. Entre elas, a Tia do Bátima, que toca versões de músicas “clássicas”, mas com uma nova roupagem. Eles transformam as canções das Spice Girls, por exemplo, com um toque de jazz. Em outra performance, eles unem Rage Against The Machine com Chico Buarque e System of a Down. 

Os Percevejas tocam Beatles, mas de uma maneira singular. “Nós não ensaiamos as canções. A nossa proposta é tocar de improviso mesmo”, conta o estudante de relações públicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e baterista Vladislau Bühler, o Juca.

Gnomos Verdes Fritos (uma alusão ao filme Tomates Verdes Fritos) tocam samba rock, o mesmo estilo da banda Cosanostra. Os integrantes da Serotonina interpretam canções próprias com influência de rock e mangue beat e elementos de música eletrônica.

Os bichos são os mais empolgados com tantas novidades culturais e comportamentais. Para recepcioná-los, os veteranos programam festas logo na primeira semana de aula para apresentar todo mundo e deixá-los enturmados com a galera.

Os primeiros meses de aula são os mais agitados no meio cultural. Até o dia 13 de maio, quando acontece a libertação dos bichos (uma alusão à libertação dos escravos), as baladas são freqüentes e movimentam o dia-a-dia da cidade.


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Outras festas

Além das festas de república que animam as noites dos universitários, eles também gostam de freqüentar boates e bares onde o público é formado principalmente por adolescentes e jovens. O aluno de publicidade e propaganda da Universidade Paulista (Unip) Bruno Crivelaro Giraldi, 20 anos, por exemplo, costuma ir à Stage e à W. 

“Dá para perceber que a maioria é universitário porque no período de férias, a balada fica vazia”, diz. Ele a amiga Aline da Silva Quadros também vão a barzinhos para descansar das aulas, quando é possível. “Na primeira semana de aula e depois das provas, é preciso relaxar um pouco e colocar a conversa em dia”, diz Aline.

O Bar da Rosa também é um velho conhecido da “turma da facul”, tanto é que foi homenageado com uma comunidade no Orkut, freqüentada, principalmente, por ex-estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). São 2.105 membros, mas não é a única que homenageia os bares bauruenses. A comunidade do Armazén Bar tem 2.185 membros.

O Bar do Espanhol também é local bastante freqüentado pelos estudantes. Na última quinta-feira, por exemplo, os bichos se reuniram para comemorar o resultado positivo no vestibular e para fazer novas amizades. A sexta-feira também foi de festa. “Os estudantes promovem festas para arrecadar dinheiro para a formatura e para os jogos. Eles estão sempre por aqui”, comemora o proprietário, Fernando Moiños.

Encontrar o equilíbrio entre diversão e estudos é uma das tarefas dos universitários. Quando questionado sobre quantas festas freqüenta por semana, o estudante de design da Unesp Tobias Bertozo, 21 anos, é enfático: “Se tiver prova, nenhuma. Dependendo da quantidade de compromissos que o aluno tem na faculdade, não pode abusar das festas para não prejudicar os estudos”, ensina. 


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Saraus culturais

A vida social dos universitários tem espaço para a cultura também. Por iniciativa própria, eles organizam saraus e encontros para falar sobre literatura, cinema e música. Geralmente, a organização de eventos assim fica a cargo de estudantes de artes cênicas e artes plásticas. 

Del Luiz Silva, 19 anos, é um deles. No ano passado, o estudante de artes cênicas da Universidade do Sagrado Coração (USC) fez três saraus com temas de literatura e música: Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa e Bossa Nova. Para este ano, pelo menos dois saraus estão nos planos do aluno: para o centenário da morte de Machado de Assis e a Bienal de Arte Moderna.

Ele diz que as festas culturais são opções voltadas para o gosto dos universitários. “É um grupo que gosta de discutir arte e quer fazer novas amizades. Os saraus são uma maneira de aproximar os estudantes, assim como as festas e baladas”, diz o universitário. 


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‘Intervenções’ urbanas

O lado criativo dos alunos, especialmente os de arquitetura, de desenho industrial e de artes, é transformado em projetos que podem mudar o urbanismo da cidade ou deixá-la mais bela. Com ajuda dos professores, eles desenvolvem trabalhos que podem ser colocados em prática. 

Um dos projetos, por exemplo, sugere a revitalização de playgrounds, hortas es espaços livres nas escolas. “São projetos de extensão que foram elaborados pelos alunos e doados para o município ou para entidades”, explica a professora e chefe do departamento de arquitetura da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Norma Constantino. 

Em outro caso, os alunos fizeram um jardim terapêutico e doaram o projeto para o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Vila Vicentina. “A Apae aproveitou parte do projeto para construir seu jardim”, conta Constantino.

Outros trabalhos dos universitários sugerem a reurbanização da cidade e mudanças que deixariam Bauru mais bela. São trabalhos que sugerem a recuperação de fundos de vale, de praças e de ruas. 

Mas como são apenas estudantes, os trabalhos ficam apenas no papel. “Nada impede que no futuro, quando se formarem, esses universitários coloquem em prática o que idealizaram na faculdade”, espera a professora.
Thatiza Curuci

O conselho de termo é uma organização integrada entre discentes e
docentes, que tem como intuito resolver problemas internos de um curso
e seus respectivos professores. Além disso, o conselho serve para
informar os estudantes acerca do programa de ensino proposto pelo
professor antes de entrar em vigência no semestre, além de integrar os
programas de ensino dos demais professores, para assim, facilitar a
denominada “interdisciplinaridade”.
Os integrantes discentes do conselho de termo serão os representantes
de sala, previamente escolhidos pelos demais colegas da turma. Não é
uma atividade que acarreta horas obrigatórias para se trabalhar. Não
há nenhuma carga horária a ser cumprida, a não ser nas reuniões que
serão marcadas entre a turma, para o levantamento de problemas etc, e
nas reuniões junto aos professores.
O representante de sala deve ter a consciência que em qualquer tipo de
decisões, ele também será um beneficiado, afinal ele estará defendendo
os interesses de sua turma, na qual se inclui. Não há, de maneira
alguma, possibilidade de retaliações provindas dos professores, apesar
de ocorrer de forma formal, o conselho tem o intuito de aproximar os
estudantes e professores, para que estes possam resolver os problemas
em parceria, sem prejudicar nenhuma das partes.
Por se tratar de uma organização de representação estudantil, é
importante que o representante esteja em contato com outras
organizações estudantis, como, por exemplo, o Centro Acadêmico, para
que os esforços possam ser concentrados e haja uma unicidade no
discurso dos estudantes. Novamente não nenhuma carga horária a ser
cumprida, nem uma rigidez de comparecimento às reuniões, mais uma vez,
trata-se da consciência do representante de entender que as melhorias
conseguidas, serão em benefício de todos.
Em uma síntese, os representantes de sala, uma vez escolhidos, devem
reunir-se periodicamente com a sua sala e com os demais
representantes, para a troca de experiências e problemas. Levantada
todas as questões os representantes participarão do conselho de termo,
onde os professores estarão presentes. Por fim, para expor melhorias e
problemas que não foram resolvidos, os representantes devem participar
de algumas reuniões do centro acadêmico. Pontuando pela ultima vez, é
uma atividade que, mesmo sendo formal, não acarreta em nenhum tipo de
obrigação de cumprimento de carga horária, não atrapalha nenhuma
atividade acadêmica nem provoca problemas com os professores.

Centro Acadêmico de Comunicação “Florestan Fernandes”
(CACOFF)
Oi Gente!! Aqui vai o que rolou na reunião de 18/05/2009.

Paletra sobre reforma ortográfica
Falamos com o prof. Jean sobre um curso de reforma ortográfica. O professor falou que não é necessário um curso só pra esse tema, disse que uma palestra de umas 2 horas basta. Agora vamos falar de novo com o professor para ver a disponibilidade dele pra dar essa palestra. O dia depende dele, mas a princípio pensamos na primeira ou segunda semana de junho.

BLOG
Discutimos um pouco sobre o blog que está ficando meio sem atualizações. Então pensamos em colocar, toda semana, a relatoria das reuniões e também o áudio do boletim cacoff. E é claro, é sempre bom atualizar o blog com todas as notícias interessantes que a gente achar por aí e também as notícias do movimento estudantil.

SEMANA DE COMUNICAÇÃO
Quanto à semana de comunicação temos uma novidade!! No meio das papeladas do cacoff, descobrimos um projeto, prontinho, da semana de comunicação de 1997! E pelo que vimos, tem tudo a ver com os nossos objetivos. Vamos dar uma reestruturada/readaptada nele pra gente poder pedir para algum professor tomar a frente desse evento, e também para começar a pedir alguns patrocínios.
Em relação a isso, pensamos também em manter a data do evento em dias de semana, dias 21 e 22 de setembro.
Olá !!

Você está por dentro do que está acontecendo na Unesp?
Afinal, que assembléias são essas?

Entenda um pouco o que está acontecendo!!

Nas últimas semanas, cada vez mais estudantes estào se mobillizando. Nos reunimos em assembléias, fizemos grupos de discussão e um primeiro ao no campus. Nos organizamos e lutamos pela construçào da moradia e do restautante universitério público, antigas demandas do maior campus da Unesp, e um dos únicos que não garante mínimas condições para os estudantes que não fazem parte da classe privilegiada da sociedade- parcela já tào excluída da Universidade pelo próprio vestibular.

Lutamos contra a repressão aos estudantes!

Lutamos contra o processo de sindicância contra 5 estudantes presentes na festa 24h, que contou com 400 pessoas no campus e fazia parte da recepçào dos calouros. A repressão também se expressa e outros campi da Unesp, com a entrada da polícia e sindicância em Rio Preto e em Prudente, e na ameaça de entrada da políciaem Bauru, durante a realização do Conselho de Entidades Estudantis da Unesp/Fatec apenas pela permanência no campus durante a noite. Não podemos deixar passar nenhuma repressão. A repressão também acontece contra todos os trabalhadores que se organizam contra as demissões, e que se recusam a pagar pela crise econômica.

Mobilizaçào permanente!!!

O ato no campus do dia 16/04 serviu para mostrarmos à Direção e à Reitoria que não aceitamos seus ataques. Como resposta deles, foi feita uma reuniào na Reitoria, que contou com 14 estudants de Bauru. Visivelmente preocupada, a reitoria tentou nos convencer a calar a boca e esperar pela boa vontade deles. Disse que um dia atenderào nossas demandas. Mas basta esperar em silêncio? A reuniào está toda filmada e documentada.

Dia 05/05, terça-feira
Todos à assembléia!
Dia 06/05, quarta-feira
Todos ao to e à audiência pública!
Esse texto é de um panfleto que circula pela faculdade, esperamos que tenha sido esclarecedor!!!
Até a próxima!!
CARTA ABERTA: O DCE É NOSSO!
NOTA PÚBLICA DO DCE DA USP.
São Paulo, 25 de abril de 2009

Na quinta-feira, dia 23 de abril, a assembléia geral dos estudantes da USP, com mais de 400 presentes, decidiu por unanimidade retomar a sede do nosso Diretório Central dos Estudantes – maior entidade representativa dos estudantes da Universidade de São Paulo.

A sede do DCE havia sido fechada pela reitoria da USP no ano de 2006, sob o pretexto de reforma e regulamentação do espaço. No início deste ano, com a proximidade do fim da reforma, a reitoria notificou ao DCE que o espaço físico, antes destinado às atividades políticas estudantis, passaria ao seu controle administrativo. Acabando, assim, a autonomia política e financeira dos estudantes sobre a sede de sua entidade.

O DCE da USP entende que essa ação por parte da reitoria é um claro ataque à liberdade de organização do movimento estudantil em nossa universidade. O que se passa com a sede do DCE não é um fato isolado, pois é parte de toda uma política repressiva da burocracia acadêmica, que se dá por meio da retirada de espaços estudantis, da demissão de um dirigente do sindicato dos funcionários (SINTUSP), de sindicâncias e inquéritos criminais contra estudantes e funcionários, multas às entidades representativas (DCE e SINTUSP), entre outros casos.
[...]


Encontramos o restante da carta no blog da ocupação: http://dceocupado.blogspot.com . Entre as importantes reivindicações (iguais às nossas!), também podemos encontrar no blog o calendário de atividades que o DCE está promovendo.

Hoje, 05 de maio, haverá ainda uma paralisação e ato unificado entre estudantes e funcionários da USP.

Abraços,
Natália Miguel
Esse vídeo aqui é da movimentação contra os decretos do Serra que rolou em 2007.
É um exemplo do que se pode conseguir com a mobilização organizada dos estudantes!