Como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!


Por Cesare Battisti

“CARTA ABERTA”
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA
AO POVO BRASILEIRO

“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”.
(O homem em revolta - Albert Camus)

Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.

Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida.

A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados.
Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam!

Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum.

Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabe qual outro impedimento à extradição.

Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato.

E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em “GREVE DE FOME TOTAL”, com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.

Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.

Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!

Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.

Entrego minha vida nas mãos de vossa excelência e do povo brasileiro.

disponível no site da Caros Amigos : http://carosamigos.terra.com.br/

publicado em 14 de Novembro de 2009
O Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF) trás nesta quinta-feira (03/12/09) às 19h30, na Central de Salas da UNESP, José Arbex Jr que ministrará uma palestra sobre Comunicação Internacional e contra-hegemônica.
Arbex é editor da revista Caros Amigos e autor dos conhecidos livros "Showrnalismo - A Notícia Como Espetáculo" (2001; Editora Casa Amarela) e "O Jornalismo Canalha" (2003; idem).
Inscreva-se com um dos integrantes do CACOFF na UNESP: Paulo César Monteiro "Pastor" e Laís Cristina Bellini "Gringa"

Para alunos da UNESP: R$3,00
Para outros alunos: R$5,00


Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: cacoffunesp@gmail.com.br
Ou pelo BLOG: www.cacoffunesp.blogspot.com


José Arbex Jr. é editor especial da Revista Caros Amigos e professor de jornalismo na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Graduado em Jornalismo (1982) e doutor em História Social Contemporânea (2000), ambos pela Universidade de São Paulo, começou a sua carreira como jornalista na editoria do semanário trotzkista "O Trabalho" (ligado à Organização Socialista Internacionalista – OSI).
Já foi membro do conselho editorial do jornal Brasil de Fato, criado em 2003 durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Trabalhou também no jornal Folha de São Paulo, no cargo de responsável pela editoria Mundo.
Entre as suas visitas em vários países que deram origens a reportagens, está a sua ida à Palestina em março de 2002, como integrante de uma comissão especial do Fórum Social Mundial. Tal experiência deu origem ao livro "Terror e Esperança na Palestina" (Editora Casa Amarela). Entre outros livros é autor também dos conhecidos: "Showrnalismo - A Notícia Como Espetáculo" (2001; Editora Casa Amarela) e "O Jornalismo Canalha" (2003; idem). Entre as entrevistas e coberturas que já fez, guarda em seu currículo duas entrevistas exclusivas com os líderes mundiais Gorbachov (1992) e Yasser Arafat (1991; 1996) e foi o único brasileiro a participar da coletiva em que Günter Schabowski, porta-voz do Partido Comunista Alemão, anunciou o fim do Muro de Berlim.
José Arbex Jr. já ganhou o prêmio Herzog 99 com a reportagem "Terror no Paraná", na revista Caros Amigos - sobre a violência do governo Lerner contra o Movimento dos Sem Terra. E o prêmio Jabuti com o livro "O século do crime" feito juntamente com o jornalista Cláudio Julio Tognolli.


Ae, essa quinta rola mais um bosque! Samba rock e forró, vamo ae?
Entre 15 e 22 de janeiro de 2010 acontecerá na cidade do São Paulo - SP, a XVII edição
do Cobrecos (Congresso Brasileiro dos Estudantes de Comunicação Social). O local previsto para o encontro é PUC.

O encontro é de grande importância porque nele se reunem os estudantes que representam diversas faculdades de comunicação espalhadas por todo país, portanto além de ser uma ótima oportunidade de troca de experiências, de conhecimento de realidades diferentes e de aproximação do estudantes, é um atividade vital no processo de reorganização do movimento estudantil em todo Brasil.

O evento é organizado pela ENECOS ( Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) entre suas várias atribuições está a criação de diretrizes da atuação dos alunos de comunicação, propostas pedagógicas para o curso, responsabilidade social etc.

A Unesp, mais especificamente o CACOFF, está em um processo de reaproximação com as outras universidades e também com a ENECOS, uma comprovação disso foi a troca de ideias e colaboração mútuas quanto ao boicote ao ENADE.

Para reforçar tal processo é de grande importância nossa participação na COBRECOS. Para tanto podemos eleger delegados, qualquer aluno de comunicação pode ser candidatar. A quantidade de delegados que podemos eleger depende da votação que obtivermos. Os cursos da base do Cacoff entram no calculo de cursos entre 281 a 700 estudantes, o que significa 2 delegados entre 10 e 19,99% dos votos, 4 delegados entre 20 e 39,99% e assim por diante.

quem quiser se inscrever envie um email para cacoffunesp@gmail.com
Por Luciano Martins Costa do Observatório da Imprensa

A Folha de S.Paulo teve acesso a um documento que supostamente contém as propostas do governo federal para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a ser realizada no mês que vem em Brasília. A informação, publicada na terça-feira (17/11) pelo jornal paulista, deverá provocar fortes reações da mídia. Mas, como sempre ocorre nas ocasiões em que trata diretamente de seus interesses, o setor vai agir nos bastidores, longe dos olhos e ouvidos de sua audiência.

As sugestões enviadas por diversos ministros tratam, resumidamente, de medidas para fortalecer as emissoras de rádio e televisão estatais e públicas, estimular a imprensa regional e desenvolver mecanismos para fiscalizar as emissoras privadas.

No campo jurídico, encontra-se entre as intenções do governo, ainda segundo a Folha, a criação de um marco legal para regulamentar o direito de resposta e indenização a pessoas prejudicadas por profissionais e empresas de mídia.

Essa proposta, encaminhada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, teria como objetivo suprir a falta de regra específica, provocada pela extinção da Lei de Imprensa, ocorrida neste ano por pressão das empresas de comunicação.

Processo longo

A Secretaria de Comunicação também quer proibir ocupantes de cargos públicos de receber concessões de rádio e TV e controlar a prática de proselitismo religioso nos meios regulados por concessão pública. Também está na mira do governo a venda de horário na grade de programação das emissoras de televisão e rádio.

Um dos temas que deverão provocar calafrios no setor privado encontra-se na proposta encaminhada pelo Ministério da Cultura e trata da propriedade cruzada de veículos de comunicação, considerada potencialmente lesiva a direitos básicos do cidadão.

As principais entidades que representam as empresas privadas de mídia do Brasil anunciaram em agosto seu desligamento da Conferência, porque anteviam a possibilidade de aprovação de teses consideradas por elas como restritivas à liberdade de expressão e de livre associação comercial.

A mídia privada não se incomoda de ficar fora dos debates porque sabe que todas as decisões que venham a ser tomadas na Conferência deverão ser referendadas pelo Congresso ou criadas por decreto presidencial.
Personalidade marcou a história e revolucionou as ciências sociais do Brasil

O segundo fascículo da série de Grandes Cientistas Brasileiros da editora Casa Amarela e da Revista Caros Amigos traz a história de superação do primeiro grande sociólogo brasileiro; o Florestan Fernandes.

A biografia do menino que larga cedo os estudos para ajudar a mãe e consegue, depois, de um supletivo, em 1941, entrar na recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da Universidade de São Paulo ( USP), merece ser lembrada e admirada pelos brasileiros.

Florestan rompe uma barreira ao entrar em um lugar destinado, até então, à elite. Depois de trabalhar como limpador de roupa em uma barbearia, engraxate, entregador de alfaiataria, açougue, marcenaria, padaria e como garçom, ele prova que os sonhos são possíveis.

Um exemplo para um país que ainda lê pouco, o sociólogo, mesmo sem estudar, nunca deixou os livros que depois o levaram à universidade. Lá e por toda vida defendeu os pobres, negros e índios. Da primeira turma de professores que substituiu os mestres estrangeiros –que iniciaram a USP- Florestan foi um símbolo de resistência ao golpe militar em 64 e a ditadura que perdurou por 21 anos no Brasil.

A leitura do fascículo é indispensável para todos os estudiosos e pessoas que querem conhecer melhor a história e a obra de um brasileiro que superou diferenças para defender um país mais justo.

O Fascículo que já está nas bancas custa R$ 8,90 e conta também a história do físico César Lattes. Responsável por mudar os rumos da pesquisa nuclear, ele levou o nome do Brasil para o mundo, virou samba e nome de currículo científico.

Pessoal, depois dos últimos acontecimentos na Unesp Bauru, elaboramos uma carta que enviamos ao GAC para pedirmos mais uma reunião sobre CARTEIRINHAS E R.U. E MORADIA. A carta enviada segue abaixo para conhecimento de todos.
A mesma deixa explicita tudo o que foi feito nas últimas três semanas. Alunos, tomem ciência dos acontecimentos e posicionem-se.!!!

Segue a carta:

Estudantes organizados em luta pela defesa da permanência estudantil solicitam
uma reunião aberta no dia 12 de novembro de 2009, às 09h00, na sede do DACEL com
os professores eleitos para a direção de suas unidades e conseqüentemente do campus
de Bauru: Professor Roberto Deganutti, diretor da FAAC e presidente do GAC,
Professor Jair Wagner de Souza Manfrinato, diretor da FEB e vice-presidente do GAC e
Professor Olavo Speranza de Arruda, diretor da FC. Na impossibilidade da prsença
destes, temos certeza que seus respectivos suplentes poderão representá-los de maneira satisfatória.

Convidamos também todos outros docentes, servidores e discentes para
participarem da reunião cuja pauta e justificativa apresentarem abaixo:
PAUTA:
1. Proposta de carteirinhas do Banco Real
2. Construção da Moradia Universitária
3. Construção do Restaurante Universitário

No dia 30 de outubro de 2009, representantes do Sintunesp, Adunesp, Dacel,
Dafae e Dadica (representados pelo Cacoff) foram convocados pelos diretores para uma
reunião na qual apresentaram uma proposta do Banco Real para confecção de
carteirinhas de identificação:

Inicialmente o professor Deganutti falou quais eram os campi da Unesp
que já tinham aderido ao sistema de carteirinhas. Todos os campi que aderiram,
pelo que eu entendi, foram feitos da mesma maneira, com o financiamento do
Banco Real. Fica evidente que essa é uma política da Reitoria e não de cada
unidade em particular.

A carteirinha a princípio não teria quase finalidade nenhuma, a não ser
identificar os que a tivessem enquanto aluno, funcionário ou professor. A
vantagem que essa carteirinha teria para os alunos, segundo os diretores do
campus, é que a mesma teria a data de validade, diferentemente do que acontece
com a da biblioteca que não é aceita em cinemas, teatros etc.
Questionados sobre que funções mais essa carteirinha poderia VIR A TER
futuramente, os diretores do campus disseram que ela pode ser usada para
controle de presença em sala de aula, controle de acesso ao campus etc. Os
diretores repetiram diversas vezes que sempre que algum tipo de função nova for
atribuida à carteirinha, que a comunidade acadêmica seria consultada e decidiria
se aprova a vinculação de determinada função ou não. Isso é o que eles dizem...
O gerente do Banco Real foi convidado a participar da reunião e fazer possíveis
esclarecimentos. Ele reiterou que a única contrapartida que o Banco pede para
realizar essa confecção das carteirinhas, é que não haja intermédio da faculdade.
Ou seja, a coisa funcionaria da seguinte maneira: você vai até a agência do
Banco Real da faculdade, fornece seu nome, RA e curso, eles batem a foto e a
carteirinha fica pronta na hora. Não é a faculdade que vai te entregar a
carteirinha, é o pessoal do Banco. O próprio gerente disse que na hora em que
isso for feito, que haverá uma equipe para oferecer os serviços do Banco pra
você, mas é claro, você não é obrigado a aceitar.
Blog Pedra no Sapato – DACEL.
http://chapapedranosapato.blogspot.com/2009/10/o-reitor-nos-traiu-mais-umavez.
html

No dia 05 de novembro, houve uma nova reunião desta vez os diretores das 3
unidades se reuniram alunos de diversos cursos e entidades (Dacel, Dafae, Cacoff,
Capsi, Arquitetura entre outros) na qual se rediscutiu o assunto das carteirinhas. Nessa reunião os alunos apresentaram a tese de que propostas semelhantes já foram negadas por congregações anteriormente, os professores alegaram que sim, mas há muito tempo em uma proposta do Banespa, mas a Congregação da FC negou uma proposta do Banco Real para confecção de carteirinhas em reunião realizada em 19 de junho de 2008.

O Senhor Presidente (...) encaminhou para votação a revogação da decisão
anterior para confecção das carteirinhas pelo Banco Real, obtendo 19 (dezenove)
votos favoráveis e 02 (duas) abstenções. Na seqüência, encaminhou para votação
a confecção das carteirinhas dos alunos dos Cursos de Graduação, Pós-
Graduação, bem como dos alunos ingressantes anualmente, com validade para o
total de anos de duração do curso do aluno, no modelo 1 (formulário em papel e
plastificação), com recursos da Unidade, sendo aprovado por unanimidade de
votos.
Linhas, 32-39, página 14 da Ata da 145ª Reunião Ordinária da Douta
Congregação da Faculdade de Ciências, realizada em 19/06/2008.

Pedimos, para os diretores que respeitem as decisões já tomadas, pois a
reapresentação de tais propostas em tão pouco tempo (16 meses) parece um desejo
muito grande de aprová-las rapidamente.

Nessa mesma reunião os diretores reafirmaram a autonomia das categorias em
decidirem se aceitam ou não o uso da carteirinha e a autonomia em decidirem qual serão seus usos, nesse momento (assim como vários outros) pedimos que os diretores
assinassem tal compromisso e os mesmos se negaram, disseram que não precisa disso,
mas reafirmamos aqui o pedido de assinatura do compromisso. Alunos vêm e vão,
assim como os presentes nos cargos de direção, portanto esses compromissos não
devem ficar restritos aos presentes em pequenas reuniões, mas devem ser expandidos
para toda a comunidade acadêmica, portanto:
· Exigimos a apresentação da proposta feita pelo Banco Real. Não votaremos em
apresentações orais de projetos como esses, preferimos pensar que o mesmo não
existe até termos em mãos a proposta oficial.
· No caso de existir alguma proibição legal para isso, ou um pedido expresso do
Banco em não expor a proposta, exigimos dos diretores que apresentem uma
proposta escrita onde constarão todos os detalhes da confecção e usos das
carteirinhas.
· Exigimos o compromisso firmado de que cada categoria terá a autonomia de
decidir se vai aderir ao uso da carteirinha.
· Exigimos o compromisso firmado de que na existência das carteirinhas, seus
usos serão decididos em conjunto com as categorias e que as mesmas terão
autonomia para barrar usos que considerem inadequados.
Retornando o para a reunião do dia 30 de outubro após a apresentação da proposta
de carteirinha, o professor Deganutti pediu para que os alunos continuassem
presentes, pois tinha que tratar sobre o Restaurante e Moradia Universitária.
Deganutti disse que a reitoria colocou o seguinte: Ou vai sair o R.U ou a
Moradia para o ano que vem. As duas obras não vão ser tocadas juntas.
Deganutti colocou que a moradia, apesar de já estar com a tão sonhada e
esperada licença ambiental nas mãos, vai ser mais complicada de "sair do papel".
Como a verba para a construção da moradia é mista, metade do MEC e metade
da reitoria da Unesp, que a construção da moradia também será feita por
metades. Vão dividir a obra ao meio. Metade do dinheiro(reitoria) vai construir
um bloco de apartamentos(32 vagas) e a outra metade do dinheiro(MEC) vai
construir o outro bloco(32 vagas). Mas não podem ser tocados ao mesmo tempo!
Por que exatamente? Não sei. Parece que são dois editais que tem de ser abertos.
Blog Pedra no Sapato – DACEL.
http://chapapedranosapato.blogspot.com/2009/10/o-reitor-nos-traiu-mais-umavez.
html

No dia 22 de abril de 2009, alunos do campus de Bauru, estiveram na reitoria em
reunião com o reitor, vice-reitor, assessor jurídico da reitoria, além das presenças do Professor Henrique Monteiro (então diretor da FC e presidente do GAC) e do servidor José Munhoz, diretor técnico administrativo do GAC. Nessa reunião o reitor se comprometeu (inclusive com compromisso firmado), de que incluiria o R.U. como
primeiro ponto de construção da reitoria em 2010, desde que o campus de Bauru
entregasse um projeto à tempo de ser colocado no orçamento da Unesp. Entendemos
que colocar no orçamento é uma prerrogativa dele, mas que isso deva ser aprovado pelo
Conselho Universitário, mas em 05 de agosto em visita ao campus de Bauru, o reitor
declarou na Congregação da FAAC, que a obra vai sair. Pressupomos, então, que a obra
já foi aceita pelo C.O. e está apenas esperando meados de 2010 para ser iniciada.
Já em relação ao Restaurante Universitário (RU), o reitor afirmou que a
construção do RU no câmpus de Bauru é um compromisso dele com os alunos.
“É uma obra grande que deverá durar 12 meses e, provavelmente, os estudantes
e servidores poderão utilizar o RU em meados de 2011”, observou Herman.
Reitor anuncia RU e novos departamentos. Disponível em:
http://www.faac.unesp.br/noticias/79

Nessa mesma reunião em São Paulo no dia 22 de abril, o reitor disse que nem
iria discutir sobre a Moradia Estudantil, pois já estava tudo certo, licitado e pronto, só faltava a licença ambiental, e que assim que a licença saísse, o edital seria aberto.

Pois bem, compromisso do R.U. firmado, licença ambiental em mãos, os
estudantes se viram em uma situação inédita, fruto de 20 anos de luta estudantil, o
caminho para a construção de nossas reivindicações estava aberto e pavimentado! Tudo
parecia estar muito bom para ser verdade, e na realidade estava mesmo...
Segundo informe do Diretor do DTAd da AG, José Munhoz, o DEPRN, liberou
a derrubada das árvores na região que vai ser construída a tão lutada MORADIA
ESTUDANTIL. Ainda de acordo com José Munhoz agora os documentos foram
enviados para Brasília, no MEC, para poder, então, iniciar as obras. A passagem
do recurso para Brasília é necessária pois a obra será de financiamento misto, a
reitoria ficará responsável por 50% e o MEC com a outra metade. Mas não
devemos ainda comemorar, muitos são os motivos (veja fotos abaixo) para
lutarmos ainda mais!!

Mensagem do Blog do Capsi no dia 24 de outubro.
http://capsibauru.blogspot.com/2009/10/moradia-liberada-pelo-deprn-sera-que.html

Infelizmente tal suspeita se realizou quando os diretores colocam como
impossível a construção de ambas as obras, pedindo que escolhamos uma para iniciar
primeiro.

Mas nós, alunos do campus de Bauru da Unesp, não aceitaremos barganhar mais
uma vez nossas conquistas, exigimos o cumprimento dos compromissos feitos pelo
Reitor dessa Universidade.
Os diretores também alegaram a dificuldade da construção da moradia, pois por
existirem 2 fontes de recursos será necessário a abertura de 2 editais e contratação de 2 empresas, e que os processos não poderiam ocorrer concomitantemente.
Frente a todas essas situações:
· Exigimos o cumprimento dos compromissos feitos pelo Reitor
dessa Universidade, ou seja, a construção imediata e concomitante das obras.
Esse é o atual compromisso e com base nele continuaremos lutando.
· Encaramos isso como uma forma de empurrar para os estudantes
a decisão de construir apenas 1 prédio, para que em anos
seguintes alegarem que nós que decidimos assim e que a direção
da universidade apenas sugeriu a construção por etapas,
transformando outros anos de ausência de permanência estudantil como escolha dos alunos.
· Exigimos a apresentação dos projetos do Restaurante Universitário e da Moradia Universitária.
· Exigimos a apresentação legal que proíba a construção dos 2 prédios da moradia concomitantemente, pois no momento em Presidente Prudente está sendo realizada um obra com recursos da Reitoria e do Banco Nossa Caixa. Por que nessa situação pode?
Lamentamos o fato de termos que constantemente pedir um compromisso firmado, em reunião os diretores parecem ofendidos quando pedimos que assinem o que falam, mas não. Não confiamos em suas palavras, pois há 20 anos somos enganados pelos representantes dos cargos. Gostaríamos de acreditar em palavras, como gostaríamos que acreditassem nas nossas. Mas para cada documento que solicitamos nas seções, precisamos assinar, para cada reunião que participamos em conselhos, temos que assinar, para subirmos nos andares da reitoria temos de dar os nomes e documentos, talvez a pratica de não exigir assinaturas possa começar com vocês, assim talvez também possamos deixar esse hábito de lado. Mas por enquanto, prosseguimos necessitando das mesmas. Além disso, todos os compromissos aqui firmados não são compromissos pessoais entre os envolvidos, mas compromissos institucionais, de cargos, associações e categorias, portanto amanha não seremos nós aqui, e os próximos alunos têm o direito desses compromissos garantidos".

CEEUB – Conselho de Entidades Estudantis da Unesp Bauru


Vídeo produzido pelo coletivo INTERVOZES sobre o direito à comunicação no Brasil.

http://www.direitoacomunicacao.org.br/content.php?option=com_content&task=view&id=5756
A Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da
Câmara dos Vereadores de Bauru convida para o

FÓRUM MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS DE BAURU

a realizar-se no dia 21 de novembro de 2009, nas dependências da ITE –
Instituição Toledo de Ensino, das 8h:30 às 16h:30.

O evento tem como objetivos:

1) promover um espaço de discussão sobre as violações dos direitos humanos
que afetam a população de nosso município e as estratégias para o
enfrentamento dessa problemática; 2) estabelecer diretrizes para a
elaboração do Plano Municipal de Direitos Humanos; 3) avaliar a
possibilidade de criação de um Conselho Municipal de Direitos Humanos.

As inscrições poderão ser feitas na Casa dos Conselhos (rua Manoel Bento
Cruz, 7-60, tel.: 3227-9501) ou pelo e-mail forumdhbauru@ gmail.com.

REALIZAÇÃO:

Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Câmara
dos Vereadores de Bauru

APOIO:

Secretaria de Assistência Social – SEBES

Conselho Regional de Serviço Social – CRESS

Conselho Regional de Psicologia – CRP

Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação - FAAC
O evento Lecotec 2009 se inicia nesta quarta-feira (11/11) às 19h, na sala 1, com a Conferência de Abertura.
Na quinta-feira (12/11) às 10h serão realizadas duas mesas:
"Desafios para a formação e a prática docente com tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)"
e
"A arte como uma das fontes criadoras das mídias e áudio-visual: cinema, televisão e web"

Na parte da noite, às 19h30, haverá a mesa "Conferência Nacional de Comunicação - Perspectivas e desafios", que tratará de um assunto que se mostra de extrema importância não somente para os comunicadores mas também para toda a sociedade.

Na sexta-feira (13/11), às 10h, as mesas "Inserção digital: olhares sobre a apropriação do espaço virtual" e "As novas e as novíssimas tecnologias na mediação do fato esportivo" trazem uma reflexão acerca de temas caros
à contemporaneidade de vários campos do jornalismo. Às 13h30 acontecerá a mesa "Opinião Pública: Previsões e Tendências no Mundo Digital" e às 15h a mesa "Novos Modelos de Educação - Implicações e Perspectivas da Era Digital".

Agradecemos a calaboração para divulgação do evento para os alunos. Em caso de dúvidas estamos à disposição no Lecotec ou pelo telefone (14)3103-6168. Mais informações sobre o evento Lecotec no site www.faac.unesp.br/lecotec2009.

Estudantes relatam que distribuição de pen drive é feita para quem avaliar positivamente a escola em questionário

Simone Iwasso e Mariana Mandelli

Alunos da Universidade Paulista (Unip) relatam que a instituição ofereceu um pen drive em troca de avaliação positiva no questionário socioeconômico do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), que será aplicado amanhã. No questionário, o aluno dá opinião sobre infraestrutura, professores e métodos pedagógicos - informações usadas pelo Ministério da Educação para compor a avaliação final do curso.

Estudantes ouvidos pelo Estado afirmaram que, na semana passada, professores informaram que quem preenchesse o questionário de maneira favorável à universidade seria premiado com um pen drive. A Unip, instituição de ensino superior com maior número de alunos do País, afirma que presenteou todos os selecionados para fazer o Enade com o equipamento, como uma maneira de estimulá-los a fazer a prova.

Alguns estudantes contam que chegaram a participar de reunião no sábado passado para receber orientações sobre como preencher o questionário. Em redes sociais, como o Twitter, eles também relatam o ocorrido, alguns comemorando e outros ironizando.

A instituição nega relação entre o brinde e as informações do estudante no questionário. "Nós demos o pen drive como um presente para o aluno fazer a prova com vontade, sem relação com o questionário. Quem está dizendo isso está mal informado", diz o diretor-geral da Unip, João Augusto Nasser. "Alguns alunos tiveram dúvidas com as perguntas e trouxeram para a gente. É um questionário complexo. Nós os ajudamos a responder. Demos orientações. Mas não tem relação com o pen drive", diz.

No entanto, segundo um estudante do último ano de Jornalismo, foi preciso tirar uma cópia do questionário e entregá-lo ao professor para ganhar o pen drive de 4 Gb. O aluno, que pediu para não ser identificado, relatou que o combinado era responder de forma positiva e ganhar o brinde.

Uma estudante do primeiro ano de Publicidade da capital contou que uma professora marcou um dia para o preenchimento do formulário. Segundo a aluna, a professora teria dito o que responder sobre laboratórios, bibliotecas e professores da faculdade.

Para a estudante, o intuito era instigar sem transparecer.Ela também relatou que alguns alunos contestaram a professora e se retiraram da sala. O questionário ficou com a docente, que afirmou que tiraria cópias e devolveria o original antes do exame, juntamente com o pen drive.

Outra aluna, do Tatuapé, diz que na sexta-feira passada o professor mostrou a forma correta de preencher o questionário. Ela disse que o docente deu opções, explicando o que tinha na instituição e que os alunos não conheciam. Segundo ela, o professor sugeriu que os alunos colocassem as melhores avaliações, mas eles poderiam optar pela alternativa que quisessem. Quando os questionários foram entregues, os alunos receberam um pen drive. Ele disse que ficaria com os documentos e faria cópia "por segurança".

ÍNDICE

O Enade é uma prova aplicada para uma amostra de ingressantes e concluintes - a cada ano, um conjunto de cursos faz o exame. A nota dos alunos é combinada com informações do questionário socioeconômico e com dados fornecidos pela instituição para compor a avaliação do curso.
09/11/2009

Aplicado ontem, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) novamente foi alvo de protesto em Bauru

Karla Beraldo

Cerca de 150 estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru participaram de uma manifestação contra a aplicação das provas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizada ontem entre 13h e 17h. Os universitários dividiram-se entre as escolas Luiz Zuiani e Joaquim Madureira - locais onde foram aplicados os exames para os cursos de comunicação social e psicologia, respectivamente. Com faixas e rostos pintados, o protesto foi seguido de boicote à avaliação.

“Somos contra o modelo de avaliação, totalmente falha. Faculdades particulares, por exemplo, abrem cursinho para o Enade, dão prêmios para os alunos que tirarem melhores notas. Virou uma coisa mercadológica. O ensino tem que ser avaliado sim, mas de modo que respeite cada cultura. Não tem como, por exemplo, o primeiro e o quarto ano fazerem a mesma prova”, considera Mariah Venturi Navarro Lima, estudante de relações públicas e integrante da comissão organizadora da manifestação.

“Queremos deixar claro que não viemos fazer só barulho. Entregamos folhetos explicativos sobre a prova, por qual razão somos contra e estamos estudando um projeto que visa propor um novo modelo de avaliação”, completa a estudante. De acordo com Cibele Gogliano, chefe do local de prova do Luiz Zuiani, a manifestação não tumultuou a realização do exame. “Muitos entraram, assinaram a lista de presença e entregaram a prova em branco. O protesto foi respeitoso e não interferiu no andamento da avaliação”, afirma. Ainda não se sabe quantos estudantes boicotaram a prova, que tem entre seus objetivos a avaliação do desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação.

Participaram do Enade 2009 estudantes do final do primeiro ano e do último ano dos cursos de administração, arquivologia, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, estatística, música, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo, teatro e turismo. Foram avaliados ainda, pela primeira vez, os cursos superiores de tecnologia em design de moda, gastronomia, gestão de recursos humanos, gestão de turismo, gestão financeira, marketing e processos gerenciais.

Além da Unesp, foram avaliadas a Universidade do Sagrado Coração (USC), Instituto Toledo de Ensino (ITE), Faculdades Integradas de Bauru (FIB), Anhanguera, Nove de Julho (Unimar) e Instituto de Ensino Superior de Bauru (Iesb).
_____





Fotos de Raphael Rodrigues




Aplicado ontem, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) novamente foi alvo de protesto em Bauru

Karla Beraldo (Jornal da Cidade)

Cerca de 150 estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru participaram de uma manifestação contra a aplicação das provas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizada ontem entre 13h e 17h. Os universitários dividiram-se entre as escolas Luiz Zuiani e Joaquim Madureira - locais onde foram aplicados os exames para os cursos de comunicação social e psicologia, respectivamente. Com faixas e rostos pintados, o protesto foi seguido de boicote à avaliação.

“Somos contra o modelo de avaliação, totalmente falha. Faculdades particulares, por exemplo, abrem cursinho para o Enade, dão prêmios para os alunos que tirarem melhores notas. Virou uma coisa mercadológica. O ensino tem que ser avaliado sim, mas de modo que respeite cada cultura. Não tem como, por exemplo, o primeiro e o quarto ano fazerem a mesma prova”, considera Mariah Venturi Navarro Lima, estudante de relações públicas e integrante da comissão organizadora da manifestação.

“Queremos deixar claro que não viemos fazer só barulho. Entregamos folhetos explicativos sobre a prova, por qual razão somos contra e estamos estudando um projeto que visa propor um novo modelo de avaliação”, completa a estudante. De acordo com Cibele Gogliano, chefe do local de prova do Luiz Zuiani, a manifestação não tumultuou a realização do exame. “Muitos entraram, assinaram a lista de presença e entregaram a prova em branco. O protesto foi respeitoso e não interferiu no andamento da avaliação”, afirma. Ainda não se sabe quantos estudantes boicotaram a prova, que tem entre seus objetivos a avaliação do desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação.

Participaram do Enade 2009 estudantes do final do primeiro ano e do último ano dos cursos de administração, arquivologia, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, estatística, música, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo, teatro e turismo. Foram avaliados ainda, pela primeira vez, os cursos superiores de tecnologia em design de moda, gastronomia, gestão de recursos humanos, gestão de turismo, gestão financeira, marketing e processos gerenciais.

Além da Unesp, foram avaliadas a Universidade do Sagrado Coração (USC), Instituto Toledo de Ensino (ITE), Faculdades Integradas de Bauru (FIB), Anhanguera, Nove de Julho (Unimar) e Instituto de Ensino Superior de Bauru (Iesb).
A proposta orçamentária que o governador José Serra (PSDB) enviou para a Alesp prevê corte de 35% dos investimentos na área da Saúde e zera os investimentos em educação. Essas duas áreas vão contar com apenas investimentos do governo federal no estado de São Paulo.

O governo do estado prevê para 2010 um crescimento do PIB paulista de 3,5%, enquanto que o presidente do Bradesco prevê um crescimento do PIB brasileiro de 5,7%.

Dos R$ 449 milhões previstos para a saúde, R$ 306,5 milhões , 68%, virão investidos do governo federal. Obras como construção ou ampliação de hospitais, compras de equipamentos e materiais permanentes ficarão inviabilizados.

Na Educação só haverá investimentos do Governo Federal que serão da ordem de R$500 milhões.

A Administração Penitenciária o corte será de R$ 194,3 milhões, 55% a menos de verbas estaduais. Mas, vai contar com R$ 77 milhões do Governo Federal.

O Centro Paula Souza, responsável pelo Ensino Técnico no Estado terá um corte de 50% nos investimentos.

As projeções prevêem cortes de:

- R$ 990 milhões dos recursos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER);

- R$ 20 milhões da Polícia Civil (custeio);

- R$ 60 milhões da Secretaria de Habitação;

- R$ 65 milhões da CETESB;

- R$ 47 milhões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas( IPT).

O pagamento de dívidas terá uma retração de 5,4% em 2010.

Os municípios também perderão com o corte nas verbas para o transporte escolar, estradas vicinais, planos de desenvolvimento sustentável e instalações da polícia civil.

As empresas estatais SABESP, CDHU e o Porto de São Sebastião também perderão. Porém, o mais grave é a redução de 38% na urbanização de favelas, 38,4% no tratamento de esgotos coletados e de 10,6% na coleta de esgotos.

O Governo de São Paulo depende cada vez mais dos recursos do Governo Federal e de empréstimos para financiar investimentos. Enquanto os recursos do estado caíram, os recursos federais cresceram 84,9% e os empréstimos 52,5%.

No entanto, os recursos com publicidade do governo estadual, sem incluir as empresas estatais, cresceram 400% em relação ao governo anterior.. No último ano do Governo Alckmin foram gastos R$ 38,2 milhões, neste ano o Governo gastou mais de R$ 200 milhões.

Recursos para passagens e despesas com locomoção (25%) e serviços de assessoria (12%) também terão orçamento maior.
por Ivan Berger (do Observatório de Imprensa)

"Só é preciso seis meses para preparar um profissional a altura da Globo"

Em tempos de comunicação instantânea e ilimitada, nada mais natural que todo mundo se sinta estimulado a opinar sobre tudo, mesmo sobre o que nada entende, o que por sinal é o que mais acontece. Daí, por exemplo, a quantidade cada vez maior de gente posando de expert em imprensa e jornalismo. É uma festa como diplomados, medalhões ou simples palpiteiros de outras áreas ditam cátedra, se arvoram a ensinar como se escreve e se edita, como se os jornais e revistas fossem feitos por néscios ou amadores. Também, pudera: depois do virtual rebaixamento da categoria decretado pelo Supremo Tribunal Federal, com a supressão da Lei de Imprensa e o fim da exigência do diploma para o exercício da profissão, o que não falta são leigos para ensinar o vigário a rezar missa. A começar pelo presidente Lula.

Isso que, como se sabe de cor e salteado, a falta de formação específica nunca chegou a ser um impedimento para o ingresso e o uso regular da imprensa por quem quer que seja, o que por si só já seria um bom motivo para que a profissão fosse preservada, pelo menos no aspecto jurídico, já que na prática ter canudo ou não nunca passou de mera formalidade. Afinal, se é como decretou o editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner, que disse não precisar mais do que seis meses para formar um profissional à altura da Globo, na concorrida palestra que fez recentemente a alunos de uma faculdade de jornalismo em Brasília, desdenhando a capacitação formal, bastaria passar pelo tal treinamento intensivo e estamos conversados. Qualé, Bonner? Qualé?

Jornalista de cepa

De qualquer modo, Bonner deve saber o que diz, com a experiência de quase duas décadas a frente do noticiário de maior audiência e influência no país, se bem que foi no depoimento que deu pouco depois a Marília Gabriela, em seu programa de entrevistas no GNT, que esse desapreço pela capacitação formal, compartilhado por muita gente no setor, se mostra contraditório e ambíguo, para dizer o mínimo.

Perguntado sobre qual considera o grande desafio do trabalho de chefiar e editar o eterno campeão de audiência da casa, Bonner disse que a maior dificuldade – e fruto de constante insatisfação e questionamento – é filtrar o noticiário conforme o grau de importância dos eventos. Ou seja, intuir, garimpar no manancial de informações que pipocam na redação aquilo que é mais relevante, de interesse público – e, é claro, que venha a repercutir, como convém a um jornalismo que se preze.

Pois ao confessar a dificuldade permanente em lidar com a mais elementar função da prática jornalística – a tarefa de dissecar e ordenar os fatos sob o ponto de vista do interesse público –, Bonner inadvertidamente não deixa de admitir que o aprendizado da profissão é bem mais complexo do que falou, requer bem mais preparo do que, retoricamente, talvez para impressionar a platéia de neófitos, bravateou em Brasília. E de fato, não são poucas as queixas e reclamações sobre as pautas e o enfoque que o engessado noticiário do Jornal Nacional costuma apresentar, às voltas com o esforço ainda mais inglório de informar sem provocar melindres e contrariar a imagem de neutralidade que a Globo, pelo menos em relação a seu carro-chefe, vê-se na obrigação de aparentar.

De um modo geral, a afluência cada vez maior de colaboradores de todos os calados e matizes na imprensa não chega a ser um transtorno, muito menos um desprestígio para o jornalista-padrão, aquele que efetivamente faz o trabalho pesado. Muito pelo contrário, opiniões especializadas de outras áreas são sempre bem-vindas, ainda que raramente isentas e imparciais, como seria o ideal. De mais a mais, há que se separar o jornalismo convencional do analítico, do profissional que exerce o ofício em sua plenitude do franco-atirador que eventualmente aparece para tecer considerações de cunho pessoal, em suma, que não representa a posição da casa. Muita gente boa ainda faz confusão sobre isso, a dano do jornalista de cepa, aquele que arregaça as mangas e sai à cata da notícia, ao contrário do jornalismo almofadinha que fica com a fama, dos figurões que se penduram ao laptop cozinhando e, não raro, cafetinando o trabalho alheio.

Claque vibrante

Muito do mau juízo que se faz da imprensa deve-se a essa casta de áulicos que se dedicam a especular sobre os dejetos da política como forma de chamar a atenção e se manter na crista da onda. São jornalistas que não fazem o jornalismo castiço, e sim um tipo de colunismo que, salvo uma ou outra exceção, se equilibra entre o esgoto que denunciam e a lama das segundas intenções. Do alto de sua relativa independência, já que ninguém vive de brisa, acabam não sendo levados a sério exatamente pela radicalização, ostensiva, por verem só um lado da moeda – o que é uma pena na medida em que muito do que criticam e abominam não só procede como deveria repercutir bem mais junto a opinião pública.

Tais distorções, por assim dizer, acabam sendo um prato cheio para os patrulheiros de plantão, aquela turma a que me referi de início, que não perde a chance de malhar a imprensa mesmo por motivos banais, por birra ou simplesmente para aparecer. Leigos que nunca entraram numa Redação, que desconhecem as técnicas, o domínio que é preciso ter dos mais variados recursos e temas, de tudo que envolve a elaboração e edição do material que chega ao público, sem falar na busca da informação em si. E ninguém melhor que este Observatório da Imprensa para volatizar idiossincrasias que no mais das vezes não passam de panfletos permeados de mal-disfarçadas motivações político-partidárias, e por isso mesmo tão pouco proveitosas quanto os ensinamentos que pretendem impingir.

Tolices como implicar com o teor de obituários, como se a quantidade de linhas devesse corresponder à importância do morto; esquadrinhar capas e capas de publicações por simples preciosismo e pedantismo; comparar nomes e épocas passadas para provar teses jornalísticas capciosas; contestar o destaque dado pelo Jornal Nacional à criminosa destruição de dez mil pés de laranja por vândalos do MST, por conta da marota conjectura de que a filmagem poderia ter sido adulterada; e por aí afora. Disparates, antolhos que, afora a consternação pelo ranço de preconceito e discriminação que emanam, só fazem sentido para a claque que vibra quando Lula diz que o papel da imprensa e do jornalismo é apenas de informar, e não fiscalizar.

Ora, se a imprensa não pode fiscalizar, se o TCU também não pode, qualé, meu ? Qualé?
Bauru, 28 de Outubro de 2009


Os estudantes do curso de Comunicação Social da UNESP (Jornalismo, Relações Públicas e Rádio e TV) deliberaram, em sua última Assembléia, pelo BOICOTE ao ENADE – Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. Defendemos que a avaliação do ensino superior no Brasil é uma medida importante e necessária, que deve servir para detectar falhas e corrigi-las, sempre visando o aprimoramento do ensino público e gratuito. No entanto, a experiência com o ENADE e com o SINAES (Sistema Nacional do Ensino Superior), coloca em prática uma política mercadológica a serviço da Reforma Universitária do governo Lula.

O que a realidade da avaliação demonstra é que o desempenho do aluno não reflete diretamente o desempenho da Universidade, sendo que o ENADE não é a única forma de avaliação realizada, mas é costumeiramente a única divulgada pela grande mídia, com objetivo de estabelecer um ranking entre as universidades do país, legitimando assim a transferência de recursos das instituições públicas para as privadas.

O projeto de ensino por trás deste modelo fica claro com o sistema de distribuição de verbas na universidade pública, já que há o corte de recursos nas instituições com piores notas no ENADE. Assim, o objetivo da Reforma Universitária é transformar a universidade pública em um “escolão” de 3º grau, enquanto alguns poucos centros de excelência irão produzir conhecimento a serviço do mercado.

Além disso, entendemos que o ENADE / SINAES, na condição de instrumento de avaliação curricular obrigatório imposta pelo Governo Federal sem a participação efetiva da sociedade, define a natureza e o caráter dos currículos e das prioridades de formação, afrontando, abertamente, com a autonomia didático-científica das instituições. Essa ingerência desrespeita as particularidades e a complexidade do sistema de ensino superior do Brasil, e abre caminho para uma maior presença de empresários e setores particularistas na educação superior brasileira.

Defendemos sim a necessidade de uma avaliação, mas que tenha como caráter reforçar o ensino público, gratuito e de qualidade, que leve em consideração ensino, pesquisa e extensão, que respeite as diferenças regionais de nosso país e que não sirva para reforçar o ensino privado. Reforçamos aqui nossa disposição em boicotar o ENADE e em conseguir uma avaliação de verdade em conjunto com a ANEL, ENECOS, Andes e outras entidades em defesa da melhoria do ensino público.



Assembléia Geral dos Estudantes



Serão realizados de 9 a 13 de novembro, no campus da UNESP, em Bauru, dois eventos relacionados à comunicação e a sua interligação com temas da sociedade que são fundamentais para um efetivo desenvolvimento coletivo.

De 9 a 11 de novembro, acontece o II Seminário Lecotec de Comunicação e Ciência (Lecomciência 2009), para uma discussão dessas duas áreas a partir do ponto de vista de profissionais de diversos campos do conhecimento.

A ciência e a comunicação sempre mantiveram relações de auxílio. Enquanto a ciência usa a comunicação como ferramenta básica de integração entre pesquisadores além da divulgação de resultados, a comunicação utiliza a ciência como fundamento para suas ações na sociedade.

De 11 a 13 de novembro, o II Simpósio de Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã (Lecotec 2009), pretende reunir profissionais para a discussão e reflexão sobre a convergência de tecnologias e uso sócio-político-cultural das mídias e a integração entre educação e comunicação.

Em uma época em que a tecnologia se mostra como motor de uma nova condição da sociedade humana, é indispensável sua integração com a educação e a comunicação, fundamentais para a evolução da comunidade.

Com o surgimento de novas plataformas de comunicação, a mídia precisa se renovar para se manter em consonância com as novas necessidades sociais, políticas, culturais e educacionais, que englobam toda a sociedade, direta ou indiretamente.

Para participar, estudantes de graduação tem opção do pacote COMBO, com inscrição nos dois eventos e direito à participar de duas oficinas (uma em cada evento), ao custa de R$ 60,00.

Para realizar apenas uma oficina o custo é de R$ 20,00 e o participante não receberá certificado no evento. As oficinas têm duração de 3 horas diárias, com início às 9 horas.

Mais informações nos sites dos eventos www.faac.unesp.br/lecotec2009 e www.faac.unesp.br/lecomciencia2009.


A revista "Caros Amigos" é uma das principais, senão a principal revista, que pratica um jornalismo focado na responsabilidade social, na construção de matérias contextualizadas e uma análise diferenciada dos 'fatos jornalísticos'. Apresentando-se, portanto,como um excelente contraponto a pasteurização das grandes empresas jornalísticas.
Exatamente por esta postura alternativa e questionadora, a Caros lança o "3 Anticurso Caros Amigos de Jornalismo". O nome do evento já indica uma abordagem alternativa de se pensar a forma como se ensina, entende e reproduz o jornalismo em nosso país.
A equipe de palestrastes é formada pelos experientes e premiados jornalistas da revista como Hamilton Octavio Souza( editor chefe da revista); Tatiana Merlino (ganhadora do prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo e editora da revista); Wagner Nabuco( diretor da revista) e parceiros como o escritor Ferrez.
Entre os temas discutidos estão: O jornalismo e a conjuntura internacional ; A periferia e o jornalismo; Jornalismo alternativo e contra-hegemônico; A indústria cultural.
O valor do curso é R$ 200,00. E será ministrado nos dias 7 e 8; 14 e 15 de Novembro, em São Paulo.
inscrições: http://carosamigos.terra.com.br/
mais informações: marketing@carosamigos.com.br
Telefone: 11 2594 0376

pastor *

Partindo do que todos sabem: Neste ano os alunos de comunicação da FAAC irão prestar o ENADE; Foi decido em assembléia que a Unesp, como já fez anteriormente, ira boicotar o exame; Foi tirada uma comissão para: divulgar o resultado da assembléia e conscientizar os alunos sobre o porquê boicotar e elaborar métodos de avaliação - junto a outras entidades como ENECOS( Executiva Nacional do Estudantes de Comunicação, UNE ( União Nacional do Estudantes) e ANEEL ( Assembléia Nacional dos Estudantes Livre) - que a comunidade universitária considere mais justos.

Eu, como representante do CACOFF, recebi algumas críticas quanto a atuação do C.A em relação ao boicote, em geral as reclamações fizeram referência: a campanha pró-boicote, a fraca divulgação do debate sobre o ENADE e uma aparente falta de preocupação quanto a forma como o curso é avaliado.

Em discussões do C.A – que são abertas para todos os alunos – resolvemos que, como órgão político, tínhamos a obrigação de assumir uma posição, após discussões, realizamos uma votação e ampla maioria da diretoria decidiu ser a favor do boicote.

Fizemos questão de evidenciar a nossa posição em relação a ENADE, portanto, quanto a isso não agimos de má fé e nem enganos os estudantes de comunicação, o qual representamos.

Sabendo, também, que estes mesmos alunos que nos escolheram para atuar no C.A possuem opiniões diferentes e não temos o direito de determinar o que eles devem fazer, realizamos um G.D ( grupo de discussão) sobre a prova. Ele ocorreu na sala 71, as 18:00hrs, no dia 23/09.

Publicamos uma carta que demonstrou como a nossa faculdade se posicionou em relação ao debate – essa carta está disponível no nosso blog – enquanto nós procuramos fazer uma discussão com os dois lados da discussão.

É importante esclarecer que o mais importante para o CACOFF é que os alunos tomem as suas decisões em conjunto. Exatamente por isto, marcamos a assembléia no Guilhermão, para que coubessem todos os alunos, infelizmente não foram todas que comparecem, porém em relação a quantidade de estudantes que frequentam assembléias no campus, os mais de 100 alunos presentes, foi um número representativo.

Durante a assembléia ninguém defendeu a metodologia de avaliação do ENADE, a única defesa feita foi que a prova fosse realizada pelos alunos, mas que, também, sugeríssemos possíveis mudanças. A proposta apresentada pelo C.A foi que os alunos optassem pelo boicote e que fosse feita manifestações contrarias as provas.

Achamos que é essencial que o nosso curso seja avaliado. Porém o discurso pró-ENADE apresenta algumas contradições: é consenso que ele não avalia bem, mas alguns alunos gostariam de que a FAAC fizesse a prova para ver ‘como iria’ nela. O exame seria uma resposta ao investimento da sociedade, contudo a maior resposta que damos à ela devem ser os projetos de extensão; perda de verba, ela não ocorre porque a verba da nossa faculdade é aprovada em nível estadual e não federal, no entanto, a um mecanismo da UNESP que penaliza o curso com nota baixa com a perda de 0,0001 % da renda. A nota final do ENADE, que varia de 1 a 5, não é somente a nota da prova feita pelo aluno, ela é resultante de uma autoavaliação feita pela instituição de ensino e pelo estrutura física e humana da universidade.

* assinei essa postagem porque nela fiz referências a experiências 'exclusivas' minhas e também por não ter discutido uma 'resposta' junto com o c.a. qualquer aluno que queira se expressar no blog e só pedir e seu texto será postado sem nenhuma edição, desde que o mesmo assuma a responsabilidade.